As bancas de revistas não vendem só o que anunciam no nome. Fotografamos várias delas por BH e flagramos  de perfumes a piercings entre seus produtos. Confira o que você encontra nas bancas da cidade além do jornal.

Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, hoje existem na cidade 625 bancas de revistas. Se o nome dos estabelecimentos remete aos impressos periódicos, um passeio por algumas bancas da capital revela rapidamente que esses já não são os únicos (ou principais) produtos de muitas delas. Observamos bancas de revistas de três regiões de BH.

 A Avenida Afonso Pena, a região hospitalar do bairro Santa Efigênia e as imediações entre as Praças da Liberdade e da Savassi. O que encontramos foi uma variedade de produtos tão grande quanto a variedade de cores no interior dessas bancas de quase tudo.

Por fora, elas são todas muito parecidas. A estrutura é estipulada pela Prefeitura e erguida pela empresa Banca Forte. O modelo utilizado em BH é o Del Rey. O que as bancas são autorizadas a vender também é listado pelo Código de Posturas da Cidade. A lista de itens permitidos é grande, abrangendo de rotativos de estacionamento a barbeador. E há alguns jornaleiros que incluem ainda mais produtos no cardápio de opções.

Além da identidade visual, o que une as bancas de revistas de BH é o que os jornaleiros apontam como um especial talento para a adaptação. Elas são parte do cenário urbano, portanto mudam na mesma medida em que a cidade se transforma. Poucos dos donos de banca com quem conversamos se disseram insatisfeitos com essa necessidade de constantes mudanças na gama de produtos que vendem. A maioria aceita o cenário como um fato natural. Alguns brincam que as bancas deveriam se chamar “lojas de conveniência”. Outros apontam que, se farmácia vende até ração de cachorro, o que há de espantoso em uma banca de revistas vender capa para celular?

Avenida Afonso Pena

Se a Praça Sete é considerada o “coração de Belo Horizonte”, a avenida Afonso Pena, por essa lógica, pode ser vista como a artéria aorta da capital, já que vê transitar um enorme contingente de pessoas por dia. As bancas da Avenida, nessa analogia, funcionam como as paredes que mantêm e auxiliam o funcionamento dessa artéria: informam as pessoas sobre endereços ao redor e suprem as necessidades de quem precisa de um lugar para comprar o que comer, garimpar algo para ler, adquirir produtos variados (dentre eles, pochetes) e até pôr um piercing. Isso mesmo: pôr um piercing.

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Bairro Santa Efigênia

Em mais de uma maneira, são os hospitais que mantêm a vida no bairro Santa Efigênia. Pouca gente caminha pela área hospitalar da cidade a passeio. A primeira impressão é que por ali transitam apenas médicos, estudantes de medicina, pacientes e seus familiares. Mas também há outro tipo de pronto-socorro povoando as ruas da região. Dividindo as calçadas e a sombra das árvores com as barraquinhas de lanche, as bancas de revistas do Santa Efigênia socorrem o transeunte que precisa de xerox, “tapa-olhos” para dormir e perfumes. E, já íamos nos esquecendo, de jornais e revistas.

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Praças da Liberdade e da Savassi

A região entre as Praças da Liberdade e da Savassi mistura na mesma medida o conhecimento e a boemia. Ao redor da primeira orbitam uma coleção de museus e várias faculdades. Partindo das ruas que nascem da segunda, são muitos os bares que deixam iluminadas as noites no lugar. As bancas de revistas desse trecho da cidade não são muito diferentes daquelas de outros locais que visitamos. São coloridas como um carnaval que jamais abandona a cidade e oferecem de tudo um pouco ao transeunte. Seja ele um intelectual ou um boêmio (mais provavelmente, os dois ao mesmo tempo).

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Caio Couto

Gabriel Rodrigues

Na infância, minha banca favorita abria a embalagem da Recreio antes de eu comprar a revista. Eu levava a que tivesse o melhor brinde.

Ítalo Lo Re

Precisei foi de um banco depois das entrevistas.