Por Joice Lopes, Júlia Salles e João Ventura
As religiões de matriz africana surgiram à margem de uma sociedade que desprezava o povo e a cultura dos africanos que foram obrigados a viver no Brasil. O resultado disso foram anos de preconceitos enraizados e o desenvolvimento de um fenômeno de generalização e pejoração das religiões de matriz africana, como a Umbanda. Com isso, vieram os mitos e estigmas acerca dos ritos e costumes que circundam essas práticas. Um belo exemplo disso é o próprio conceito de “macumba” e todas as crenças que giram no entorno dessa palavra pelo público leigo.
A ideia é mostrar que a utilização do termo “macumba” como algo pejorativo é devido ao preconceito enraizado na sociedade, que considera práticas de religiões de matriz africana como algo inferior e negativo, e devido a falta de conhecimento por grande parte das pessoas. Ao trazer falas de umbandistas e demonstrações de rituais da Umbanda, o objetivo é desestigmatizar esse termo (macumba) e mostrar que as práticas dessa religião podem ser comparadas aos rituais de religiões socialmente aceitas.