O Centro Cultural Banco do Brasil em Belo Horizonte foi fundado em 2013, numa parceria entre o Banco do Brasil e o Governo do Estado de Minas Gerais. O prédio, que existe desde 1930, foi projetado pelo arquiteto Luiz Signorelli, fundador da Escola de Arquitetura da Universidade de Minas Gerais e no início era uma secretaria do estado. O museu está entre os 10 mais visitados do Brasil e se tornou um dos cartões postais da capital mineira. O CCBB abriga um teatro, cinema e também as exposições, que são rotativas durante o ano.
No período de produção dessa matéria estava em cartaz a DreamWorks Animation: a exposição – uma jornada do esboço à tela (15/05 – 29/07). A ideia inicial era fazer uma reportagem completamente diferente. Me chamo Clarisse, tenho 21 anos e moro em BH a um ano e meio e amo animações. Meu namorado tem 22 anos, é natural de Divinópolis, região centro-oeste do estado, se chama Gabriel e já não é muito fã de animações. Ele gosta, mas não chega nem perto do quanto eu amo. É bem importante deixar isso claro. Gabriel nunca foi de assistir a mesma animação várias vezes e nunca sentiu vontade de assistir pela 54ª vez uma animação na sexta feira a noite, como eu. Veja bem, eu sou fascinada com o mundo Pixar, Disney, DreamWorks e quando fui fazer o trabalho de campo, minha intenção era fazer uma matéria sobre o CCBB e quando me dei de cara com a exposição da DreamWorks vi que era impossível focar unicamente no prédio enquanto havia tantas coisas que me interessavam na tal exposição.
Antes da visita, perguntei ao Gabriel como ele imaginava o prédio, qual sua expectativa, se ele gostava de visitar museus e se ele via os museus como algo referente a BH, o que chamou atenção no museu e na exposição.
“Imagino o CCBB como um prédio chique, refinado, com arquitetura clássica e não possuo nenhuma expectativa em relação a visita do local. Gosto de visitar museus para conhecer as coisas, a cultura e a arte mas não os frequento tanto quanto gostaria por falta de oportunidade. Não vejo BH como referência para os museus porque acho que são pouco difundidos pela tecnologia presente na nossa sociedade e acaba passando em branco por muitas pessoas na maioria das vezes, mas também acho que sim, para quem se interesse de conhecer mais sobre a cidade e etc. O que mais me chamou atenção no CCBB foi o fato de ter exposições gratuitas com tanto conteúdo e os eventos fechados serem acessíveis a qualquer público.”
Quando convidei Gabriel para ir ao CCBB e fazer parte da minha matéria, logicamente que ele aceitou (não seria nem louco de recusar, né?) . A verdade é que eu meio que obriguei o garoto e ir comigo na exposição para ele ser minha cobaia e pra eu descobrir se ele iria gostar como eu gostei. Afinal, o que teria de mais gastar nosso tempo livre do feriado com um passeio mais cultural e que envolvesse o mundo incrível das animações, não é mesmo? Enfim, quando visitei a exposição fiquei fascinada de ver todo o processo criativo de alguns dos meus filmes preferidos e as maquetes dos lugares. Ver os esboços dos criadores, como tudo foi pensado antes de criar todos os filmes que eu amo, foi absolutamente incrível. Pro Gabriel, foi apenas legal.
Estamos juntos a quase cinco anos e nesses anos eu já perdi a conta de quantas vezes vi Shrek, Os Croods, Madagascar ou qualquer animação que eu goste. Ele, no entanto, nunca sentou no sofá e pensou “Hum, que vontade de assistir Shrek de novo”. Inclusive pensei nisso durante a produção dessa matéria, já faz um bom tempo que não vejo meu ogro favorito.
Mostro aqui a exposição da DreamWorks pelo olhar do meu namorado, Gabriel, e um pouquinho também pelo meu olhar. Desafio a quem for ler essa matéria tentar descobrir de quem é cada foto e legenda e para isso criei um quiz. Conta aí, se você conseguiu acertar!